Soneto da via crucis...
A via ou a vida...Ou a frescura da morte...
A longinqua mentira da família, e da paz...
Tudo que se sonha, tudo que se mede.
Tudo que faz a energia...Sorrir...
A verdade é que ser infeliz faz doer...
Remoe, e moe; tudo ressou...e estrangulou...
A via é crucifixo: E eu entoo o que transcende.
A vida é imune, ela flui em mim...
A labareda traz tudo que evidencia...
A canção faz a elegância...de não viver..
Vivo assim no descaminho: Sou produto da dor...
A minha alma está presa na favela, na mazela...
Na extensa mágoa, e então desejo voar...
Mas acho que o Anjo...Quer me manter na via (crucis).
A dor me crucifica...e senta em mim....
Amassada eu vou...longe do Bob...É do Dylan...
E da sua eterna doutrina de pseudojustiça.