Gente do asfalto

Há gente que vai,
Outra, já vindo.
Água, d'olhos cai,
Bocas se abrindo.

Asfalto morno,
Prestes, já quente.
Eis que no entorno
Sombras de gente...

O sal da vida
(Calçada é lida!)
Dali é tirado.

Amor não freme,
Alma, então geme.
Dinheiro é fardo. 


Interação de Sônia Gonçalves

Amor não freme!
Mas de amor se treme!
Também se geme!
Sem sentir dor!
Também inflama e dá calor!

E dá trabalho! Isso é amor!
Cuidar da vida!
E ir pra lida
Ganhar dinheiro...

Ver injustiças no mundo inteiro!
Te desencanta! Te desaponta...
Parece que a vida só te afronta!

Melhor poesia e fazer de conta...
Que esse mundo é perfeito.


Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 30/03/2013
Reeditado em 31/03/2013
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