BOLHA DE SABÃO
Odir Milanez
Ó bolha de sabão, voando folha
depois que sai, sutil, da minha mão,
balouçando no ar, sem mais escolha
do que secar salpicos pelo chão.
Bolha de brilho breve não recolha
os seus sonhos de ser na imensidão.
Forceja o seu feitio, frágil bolha,
e rompe com os roteiros da razão.
Vai mais longe que eu, no que suponho
um voejo de amor à musa amada
nas asas da esperança que disponho.
Distando da distância desejada,
a distância demais cansa o meu sonho
que se perde no chão, em meio ao nada...
JPessoa/PB
30.03.2013
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...