"Chama que alimenta!"
Há o que seja parido do ventre
e nas entranhas encontra abrigo
sem que lhe seja filiado ao venoso
Sem nome caminha entre versos
sai sem ter-lhe esclarecido nada
e fica incomodando o previsto
mantendo pés e pernas atadas
Há o que busca saber-te mais
ou mesmo ignora-te sem te ver
fingindo nunca a ti ter sentido
És sangue no poeta anônimo
é chama no que carrega o nome
é poema quando não há sinônimo
poesia na alma saciando a fome
(Kátia Golau Cariad)