Soneto ao verdadeiro Cristo
Jesus Cristo figura transcendente
Companheiro fiel da criatura
Seu carisma nos prende com lisura
Seu caráter transforma a nossa mente
Cristo surge na vida de repente
Encantando este mundo com mesura
Ele está na página da escritura
E no cerne fiel da nossa gente
Sou devoto do Cristo verdadeiro
Que não vive somente do dinheiro
E nem julga ninguém por aparência
Eu detesto do Cristo mercenário
Que domina o rústico proletário
E não respeita a nossa consciência
Obs: mais um soneto do poeta Antonio Agostinho
uma sátira ao mau poeta
O soneto de hoje perdera a graça
Falta trama perfeita, falta essência
Sem talento viril e sapiência
O poeta comete uma trapaça
O quarteto sem som do tempo passa
A métrica não vibra na cadência
São defeitos da tôsca consciência
De um cérebro formado na desgraça
Já cansei-me de ouvir tanta loucura
Tanta gente querendo ter cultura
No entanto, poetiza como um tolo
Esse povo vulgar com nada sonha
Pelo menos devera ter vergonha
E no cérebro vazio, pôr miolo
Sonetos de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.