XVII
O fim de um grande amor, é seu fadário,
e nada o acode, não, nem mesmo a prece
porque se esvai, aos poucos, e fenece,
por mais que se o preserve em relicário;
ninguém o guarda, mesmo um bom templário,
o ardente fogo, um dia se arrefece,
a rosa perfumada, se emurchece,
e o rio cai no mar, nunca ao contrário.
O fim do amor – que vira-nos do avesso –
é início de outro ciclo, recomeço,
e o tempo estancará voraz sangria.
Depois de tudo resta-nos saudade,
que é sombra do que foi felicidade,
sinais do grande amor vivido um dia.
Brasília, 29 de Março de 2013.
Livro: CICLOS, pg. 41
O fim de um grande amor, é seu fadário,
e nada o acode, não, nem mesmo a prece
porque se esvai, aos poucos, e fenece,
por mais que se o preserve em relicário;
ninguém o guarda, mesmo um bom templário,
o ardente fogo, um dia se arrefece,
a rosa perfumada, se emurchece,
e o rio cai no mar, nunca ao contrário.
O fim do amor – que vira-nos do avesso –
é início de outro ciclo, recomeço,
e o tempo estancará voraz sangria.
Depois de tudo resta-nos saudade,
que é sombra do que foi felicidade,
sinais do grande amor vivido um dia.
Brasília, 29 de Março de 2013.
Livro: CICLOS, pg. 41