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AOS PRESUNÇOSOS [400]
Oh tempos, ó costumes, ó vaidades!
Nós todos somos, todos, mui vaidosos;
talvez a gente nasça por herdades,
em berços ancestrais tão enganosos.
Todos cultivam hábitos faustosos:
levitam muito acima das deidades,
jactam-se para além dos poderosos,
só por deter quaisquer propriedades.
Um bobo zoa, pondo ao mar a lancha,
outro dispõe na praça a limusine,
já presunçosos como reis da cancha.
Pois a vaidade fútil não me ilude:
não queiram que tal coisa me alucine,
nem que dos astros toda a rota mude.
Fort., 29/03/2013.
AOS PRESUNÇOSOS [400]
Oh tempos, ó costumes, ó vaidades!
Nós todos somos, todos, mui vaidosos;
talvez a gente nasça por herdades,
em berços ancestrais tão enganosos.
Todos cultivam hábitos faustosos:
levitam muito acima das deidades,
jactam-se para além dos poderosos,
só por deter quaisquer propriedades.
Um bobo zoa, pondo ao mar a lancha,
outro dispõe na praça a limusine,
já presunçosos como reis da cancha.
Pois a vaidade fútil não me ilude:
não queiram que tal coisa me alucine,
nem que dos astros toda a rota mude.
Fort., 29/03/2013.