Confissões (XXII)
Edir Pina de Barros

Amo! Padeço , sim, do amor sem preconceitos,
e a tudo eu amo nesta vida que me anima,
o passarinho, a flor, a rosa pequenina,
os rios a correr em seus macios leitos;

padeço de um amor sem regras, sem preceitos,
amor liberto de teorias, de doutrinas,
que não se entrega, nunca, ao tédio das rotinas,
e não andeja por caminhos vis, estreitos;

eu amo a própria vida, que nos trás a morte,
as emoções do amor - o grande passaporte
para beber seu mel, sugá-lo no seu favo.

Amo! Mas sem ser livre meu amor fenece,
(a liberdade, para mim, é luz, é prece):
eu só não sei amar o amor cativo, escravo.


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Javier Arizabalo
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 29/03/2013
Reeditado em 27/08/2020
Código do texto: T4213369
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