SAUDADE ME TORTURA. Soneto-362.
Nas horas solitárias em que passo sem te ver,
Remói-me o interior uma inquietante amargura,
Assim em ansiedades venho-me a indagar o porquê,
Que essa tão letífera saudade de contínuo me tortura.
Assim me vem às lembranças os momentos de alegria,
E como se pudesse ouvir tua voz toma-me a emoção,
Mas logo em seguida se vão, vindo-me às melancolias,
Mergulhado nessas lembranças me aperta o coração.
Que a saudade nos atormenta vagamente já sabia,
Mas essa coisa de fadiga confesso eu não conhecia,
É mui complexo não sentir quando a nós chega tal ser.
Pode-se então dizer que, saudade é algo insuportável,
Apesar de o coração resignar-se de ser tão indesejável,
Mas muitas vezes é a saudade, que nos ajuda a vencer.
Cosme B Araujo.
28/03/2013.