Melancolia

Confesso que hoje eu estou doente;

Não vejo mais graça no sol poente,

Nem mesmo se ele estiver nascente,

Porque o meu peito não está ardente.

Me lembro sôfrego dos teus carinhos,

E que tudo iniciava com teus selinhos.

Linda sereia de bons ares marinhos,

Eu era prisioneiro dos teus torvelinhos.

Agora doente dos teus doces encantos

Sinto-me perdido, jogado pelos cantos;

Sem ti, hoje, frequento maus recantos.

Jamais eu quero desse mal ser curado,

Pois me habituei a ser um pobre coitado,

Isso me faz lembrar que fui seu amado.

Le Roy
Enviado por Le Roy em 28/03/2013
Código do texto: T4211620
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