SONETO EM CHÃO GRETADO

Eu sei que é pouca minha humana fé

Mas se há em mim um tanto que inda valha

Peço ao Deus Pai, ajoelhado, até

Que cegue o fio desta “seca-navalha”

Que torne em alimento o que hoje é palha

Pois da lavoura não restou um pé

De milho ou de feijão e a água falha

Não dá pra bicho ou gente e tudo quer

Perdoe, ó Deus, se esquecemos teu nome

Perdoa o desperdão que nos consome

Releva os ímpios corações ateus

Deixa cair do céu a leve graça

Molhando a terra e o milagre se faça

Matando a sede destes filhos teus.

Prof Lucivaldo
Enviado por Prof Lucivaldo em 26/03/2013
Código do texto: T4208066
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