Ah meu amor!
A solidão me cinge, degradante
Toda hora, exprimo essa batalha!...
Essa lonjura, ralha, meu semblante.
Sobre a face, lamento se espalha.
– Ah, jacente fornalha, não calha!...
Rogo à aurora, outrora galante!...
Cubra de véus a hora errante!...
Rogo aos céus; Ó, — Deus, não falha!--
Tua vida... meu ser! ... minha existência!...
Rogo silente, a cura e a fulgência...
Na ausência constante, ah... anseio!...
Amo-te minha linda, minha olência ...
Nesta falta infinda de clemência!...
Perco-me te amando em devaneio!
(Airton Ventania)