Ah meu amor!

A solidão me cinge, degradante

Toda hora, exprimo essa batalha!...

Essa lonjura, ralha, meu semblante.

Sobre a face, lamento se espalha.

– Ah, jacente fornalha, não calha!...

Rogo à aurora, outrora galante!...

Cubra de véus a hora errante!...

Rogo aos céus; Ó, — Deus, não falha!--

Tua vida... meu ser! ... minha existência!...

Rogo silente, a cura e a fulgência...

Na ausência constante, ah... anseio!...

Amo-te minha linda, minha olência ...

Nesta falta infinda de clemência!...

Perco-me te amando em devaneio!

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 26/03/2013
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