Ata-me

O incerto ata-se meus imorais ocultos enleios

Pelo retilíneo e obtuso já enveredado trajeto

De meus ais em fluxo do próprio ato completo

Esternutação ardente na alma acalora veios

Que à morte se afigura a alma em devaneios

Na verve secular das horas com meu dileto

Que recrudesce evanescendo no suave e quieto

Sono impune ao brando som de meus gorjeios

Terrosa a sacrossanta virtude que me detém

As forças esmiuçadas as vozes da garganta

Seca pelas calosas luxurias da inveja impura

Desço descalço ao calabouço que me espanta

Perdido em vozes que corroem minha sepultura

Falácias de quem não habitou o amor nem atém

Naldo Martins
Enviado por Naldo Martins em 26/03/2013
Código do texto: T4207978
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