OH`MINH` ALMA . (II) Soneto
OH, minh`alma que provei o teu amor
Em teus braços ao amar-me, me dominas
Todo céu foi testemunha ao te compor
Das viagens os teus beijos me alucina
Dos desejos toda carne em tremor
Na fusão um inspirar que predomina
Em tuas mãos me tateaste em fervor
Nas carícias ao envolver-me desatina
Venha meu ardente cavalheiro
Cavalguemos pela noite sem despedida
Morde-me a nuca entre os cabelos
Desliza em meu corpo enquanto digas
Fala-me as loucuras que me apetece
Saciemos toda sede que nosso corpo abriga.
Cecilia Cavalcante.