Pureza maculada

Ocupavam espaços contíguos

Que podiam se comunicar

Uma de sonho exíguo

Outra de fantasia sem par

Uma de fado com enfado

Pediam-lhe como a uma santa

Como se paga o pecado

Se se remói rancor na garganta

A outra em avenida de neon

Deixava digitais com batom

A vida levava em cruzeiro

Com uma o destino foi trapaceiro

Com a que se iludia em apoteose

Ou com aquela com a hóstia por dose?

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 25/03/2013
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