Soneto da sede

É mais triste sentir sede

e não ter onde beber,

é doído pedir, querer

sentindo algo que impede

O olhar que tanto pede

outra condição de viver,

de matar e esta a morrer

pela falta que despede

a hora última, soluçante

quando o ser apela a vida

idefeso, diante a majestosa,

vossa aclamação é vencida

pela desculpa impiedosa

da insaciável razão mutilante!

24 de março de 2013

Jairo Araújo Alves
Enviado por Jairo Araújo Alves em 24/03/2013
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