Soneto da sede
É mais triste sentir sede
e não ter onde beber,
é doído pedir, querer
sentindo algo que impede
O olhar que tanto pede
outra condição de viver,
de matar e esta a morrer
pela falta que despede
a hora última, soluçante
quando o ser apela a vida
idefeso, diante a majestosa,
vossa aclamação é vencida
pela desculpa impiedosa
da insaciável razão mutilante!
24 de março de 2013