A DANÇA
Na cadência tranquila que não cansa
nós dois dançamos no salão sozinhos;
Eu envolvido pelos teus carinhos
tu me envolvendo de terna esperança.
Na etérea sensação daquela dança
nossos corpos juntinhos
senti brilhar os teus olhinhos
de quando ficas sequiosa e mansa.
Ah! Quem há de dizer com sapiência
que explicará no molde da ciência
as inefáveis melodias calmas.
A sinfonia das notas no espaço
esse contacto tibio de teu braço
e a sensação do céu em nossas almas.
Rubens Oliveira
R egência suave desliza
U m poeta e sua dança
B asta saber o que precisa
E o corpo se mexe, balança
N o toque do terno abraço
S ensação de calor e afeto
O s dois no mesmo passo
L ivres sem ninguém por perto
I sto é para a ciência
V estígio de uma paixão
E que com a sua sapiência
I mpregnou a alma e o coração
R evela o grande talento
A qui registrou um belo momento
Angélica Gouvea