POESIA INACABADA

Um falso luar atina a flor que outrora

Vem derivar-lhe as cores do silêncio

E meu amor de passo em passo aflora

Pinta seu âmbar, desafia e vence-o

Desce as escadas, o teu passo rouco

Brilham estrelas num sorriso infante

Mas vai e chora em seu silêncio louco

E o falso luar se apaga num rompante

Num abrolhar de luzes desvairadas

As flores crescem como ensurdecidas

Afloram flores, eis que amalgamadas

E gritam loucas, crescem em meu peito

Estrelas brilham num silêncio pouco

E o falso amor aquiesce este meu leito

No plenilúnio da noite orvalhada

Eu vejo o Sol resplandescente e morto

Que há na chuva que desce talhada?

Que há no amor que cai do orvalho torto?

Jairo Mellis

jairomellis
Enviado por jairomellis em 23/03/2013
Código do texto: T4204021
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