O louco
Era um muito pouco de gente fria
Era um pouco tanto de cada vós
Era a noite morna, morrendo em nós
Era o primo, neto da fantasia.
Meus decassílabos etéreos – tudo!
Um des-acaso num rio a que podes
Só o que jaz, poeta desejando odes
Como se afora, entraria mudo
Era nostalgia de gente viva
Apavoramento de quem já foi
E de tudo, cada e muito furtiva
Era a fantasia proferindo oi
E eu em lascado - qualquer poesia!
Dum iludido louco que eu vivia