O louco

Era um muito pouco de gente fria

Era um pouco tanto de cada vós

Era a noite morna, morrendo em nós

Era o primo, neto da fantasia.

Meus decassílabos etéreos – tudo!

Um des-acaso num rio a que podes

Só o que jaz, poeta desejando odes

Como se afora, entraria mudo

Era nostalgia de gente viva

Apavoramento de quem já foi

E de tudo, cada e muito furtiva

Era a fantasia proferindo oi

E eu em lascado - qualquer poesia!

Dum iludido louco que eu vivia

jairomellis
Enviado por jairomellis em 21/03/2007
Reeditado em 22/03/2007
Código do texto: T420318
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