OH! MINH` ALMA. ( I )Soneto.
Oh! minh' alma, poesia que me ama!
Dos versos a calarem meus sentidos,
Dos desejos declamados ao me' ouvido,
Dos prazeres já sonhados em mi'a cama...
Dos sonetos desejados entre amores,
Dos sonhares proclamados, quem me dera
Acender esta centelha em quimera,
Em teus beijos, degustar-me em sabores!
Me amaste e me envolveste - Enternecida! -,
Meu amado cavalheiro e sedutor,
Nos teus beijos a calar-me entontecida
Em manhãs de orvalhar fui tua flor!
Ao tocar-me, nua a alma, em ardor,
Em teus lábios que provei o teu amor.