Ser ou ter humanidade?

O passado está morto no silêncio que soou

Quando o baque do tempo por aqui não mais passou,

Mas há um encontro de adeus no instante de chegada,

Quando o febril coração palpitar na mulher gelada...

Que as luzes se encendeiem com o gelo derreter

De um salto coração que à morte não quer ter,

Pois o rico não é ser, mas o pobre perceber

Vai o tempo a bater nas costas que quer ser...

Qual a diferença entre a morte e a vida, se uma é a outra?

Por que chorar o fim, se o início em seguida?

Qual a beleza de uma dor onde não há ferida?

O tempo já não passa como outrora, mas o canto da humanidade

É uníssono no agora, no antes e no porvir, em busca da eternidade.

Responde-me, Verdade, dá-me a chance de ter mortalidade...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 20/03/2013
Código do texto: T4199465
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