A SAUDADE QUE NEM O TEMPO APAGA
A saudade que nem o tempo apaga;
De leve amor em si já tão distante,
Nesta minha memória assim constante,
Quão este amor com mais amor se paga!
Contrário amor virou minha tal praga;
Que fui nesta lealdade doce amante,
Mais amor tive mais fui tão errante,
Oh! paixão em dor, alma que se esmaga!
Mesmo este sofrimento tem saudade;
De momentos outrora em alegria,
Meu coração digava esta verdade!
Nestes meus versos tristes, poesia;
Declamo este passado em realidade,
Regresse gentil canto em melodia!