TRISTEZA...
Badala renitente o velho sino,
Na cúpula da torre, ressoando;
No pátio da Igreja um menino
Levanta o seu olhar triste, chorando...
Avista a multidão, fica sem tino;
Aquela gente toda murmurando;
À frente o som d’um triste violino,
Seguido pela turba lamentando...
A dor d’uma saudade de criança,
Afoga os seus olhinhos de tristeza,
Marcando eternamente a sua vida...
Despede-se da alma a esperança;
Na urna entre as flores e a frieza,
A mãe, jaz para sempre adormecida...
Arão Filho
São Luís-Ma, 20 de Março de 2013