Soneto da saudade

Às vezes, é preciso romper com tudo

E se espraiar no silêncio de um som mudo

A saudade ao seu modo triste me liberta

Dos sonhos frustrados e das fantasias incertas

Quantas chances dei a esta cidade

Que me trouxe as pessoas que mais amo

Mas agora sigo viagem, com tamanha saudade

E os ecos apavoram, ecos de nomes que chamo

Deixo aqui família, amigos e sonhos

Vou avante com um olhar tristonho

E dou fim a uma esperança vazia

Sei que estou estilhaçada

Preferiria não pensar em nada

No entanto, me perco na nostalgia.