O som da graça

O som da graça

Ouço os passos de uma ninfa...

Salto alto! Por quê? Já és grandiosa.

Você chegou, você é a minha chegada,

Caminhando sem caminhar, foste já percebida.

Com um pé a frente do outro,

Pulso a pulso, trazes a vida.

Meu navio já navega sem vela,

Achou uma sereia e é levado pela correnteza.

Feito uma pena, passas por mim,

Em seus movimentos suaves, circulares...

O chão treme! És um eterno sim...

Ó dama, tu és a virtude da beleza,

Teus passos são tambores, músicas indecifráveis...

Eu sei, tu não caminhas, mas deslizas e desfilas...