ANGELICAL
De novo no meio do rodamoinho
Desestruturada em feliz desacato
Inocente gazela, bebendo em regato
Num bailar indolente, meio ao descaminho.
Que Alá me abençoe, não me falte vinho...
Com certeza na fé, a pureza eu resgato.
Rosto angelical, seja o meu retrato...
Nada se consagre ao seu espezinho.
Esforço que eu faça, me renda o infinito.
Tudo seja brando e suave, se delito...
Nada me condene sem quem me advogue...
Se por fim clemência sobre ao que eu rogue,
Que a indiferença não macule o edito...
Encontre eu, somente, o seu olhar bendito.