Confissões (19)
Edir Pina de Barros
Quero-te como a rosa quer o orvalho,
os peixes querem o lago, o rio, o mar,
as aves, doces frutos do pomar,
a brasa, o terno afago do borralho.
Quero-te como o fruto quer o galho
que o acolhe e fica alegre a balançar,
e os pés querem caminhos p’ra passar,
sem pedras, sem espinhos ou cascalho.
Quero-te tanto e quero-te d’um jeito
que sinto até teu cheiro no meu leito
e as tuas calejadas mãos em mim.
Caboclo, de tal modo eu te desejo
que perco meu recato, todo pejo,
porque eu te quero e quero tanto assim.
Edir Pina de Barros
Quero-te como a rosa quer o orvalho,
os peixes querem o lago, o rio, o mar,
as aves, doces frutos do pomar,
a brasa, o terno afago do borralho.
Quero-te como o fruto quer o galho
que o acolhe e fica alegre a balançar,
e os pés querem caminhos p’ra passar,
sem pedras, sem espinhos ou cascalho.
Quero-te tanto e quero-te d’um jeito
que sinto até teu cheiro no meu leito
e as tuas calejadas mãos em mim.
Caboclo, de tal modo eu te desejo
que perco meu recato, todo pejo,
porque eu te quero e quero tanto assim.