ANGUSTIA

Comprime o peito uma dor, penosa, aguda

Contorce o ventre, e qual um punhal ardente

Revira entranhas, que ao traspassar ressente

Toda a tristeza, à retersar-se muda...

Um surdo grito... - Ai Meu Deus! Senhor... me acuda !

E em sorriso exibe-se à toda gente...

Vai escondendo discreta, o que a alma sente...

À força do hábito, muitos veem-na sisuda...

E o maldito urro, tão indócil e excruciante

Enche o espaço étéreo... e lancinante,

Extirpa aos olhos... a lagrima luzente...

Punge-me a angústia, e eu temo seu abismo

Face ao provável...Eu prepondero, cismo...

Mostro-me incauta, fingindo-me contente!

®Mar13

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Agradecendo a lindíssima interação do Grande Poeta MIGUEL DE SOUZA.

Obrigada Mil vezes Poeta ! Muito lindo!

EM ESTADO DE POESIA

Invade-me este seio a dor que agora,

Vem e me abala feito um choque forte;

A deixar-me adjacente à própria morte,

E só termina quando fores embora!

Quando sumires pela vida em fora,

E tomares assim teu rumo norte;

E, com isto, sarares este corte,

Pela tua ausência aqui nesta hora!

Enquanto não... A vida é um tormento,

Pela tua presença em todo momento,

Nas horas infindáveis do meu dia!

Sofro de angústia por ver-te, donzela:

Tão linda, e meiga, e gata, e toda bela!

Em pleno estado de poesia!

MIGUEL DE SOUZA

Rose Galvao
Enviado por Rose Galvao em 18/03/2013
Reeditado em 20/03/2013
Código do texto: T4195603
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