XVI
Caminhos que cavei ao caminhar
no chão de minha vida, firme e duro,
sangrando os pés, sem ter devir, futuro,
sumiram entre as relvas do lugar;
o tempo – que se escoa, sem cessar –
(e nem o vi passar por mim, eu juro)
tornou o chão batido muito escuro,
que não se vê, em noites sem luar.
Atalhos que eu abri, pisando espinhos,
em dias nada alegres, tão mesquinhos,
nem mais se vê, por entre as folhas mortas.
Insisto e busco. E não encontro nada,
prossigo sempre só, desencantada
sem ver saídas, luzes, rumos, portas.
Brasília, 18 de Março de 2013.
Livro: CICLOS, pg. 40
Caminhos que cavei ao caminhar
no chão de minha vida, firme e duro,
sangrando os pés, sem ter devir, futuro,
sumiram entre as relvas do lugar;
o tempo – que se escoa, sem cessar –
(e nem o vi passar por mim, eu juro)
tornou o chão batido muito escuro,
que não se vê, em noites sem luar.
Atalhos que eu abri, pisando espinhos,
em dias nada alegres, tão mesquinhos,
nem mais se vê, por entre as folhas mortas.
Insisto e busco. E não encontro nada,
prossigo sempre só, desencantada
sem ver saídas, luzes, rumos, portas.
Brasília, 18 de Março de 2013.
Livro: CICLOS, pg. 40