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"Não te esqueças de mim"
(Fagundes Varela)
Puríssima donzela, por favor,
Me diz, este caminho é mesmo eterno?!
Há tempos que não sinto o teu amor...
Amar-te fez do ninho o nosso inferno.
O teu olhar tem algo de mui terno;
Teus lábios rezam frases com fervor,
Mas o meu peito insano e subalterno
Soluça e geme as horas do terror.
Não mais oiço as palavras de carinho
No beijo sussurrado... tão docinho;
Amada... amante... lágrima de Deus!
Te vejo, mas tão fria... tão sisuda!
O olhar indiferente e a boca muda...
Posso eu, então, chorar nos olhos teus?!
17 de Março de 2013