Touro e Toureiro
 
 
 
Sangraram o bicho! Sem pena
A espada perfurou o seu coração!
Dizendo-se cavalheiro, na arena,
Sem piedade, mata; sem objeção...
 
A Praça de Touros estava cheia
Os matadores reverenciavam
O povo grita, e, a mancheia,
Os toureiros as espadas cravam
 
No lombo do touro que berra,
Hurra e ajoelha-se na fria terra;
Enquanto o malvado se curva
 
E, de costas, distraído, não repara
Que um sopro de vida ao pobre restara
Para deixá-lo com a visão fria e turva.
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 16/03/2013
Código do texto: T4191971
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