Touro e Toureiro
Sangraram o bicho! Sem pena
A espada perfurou o seu coração!
Dizendo-se cavalheiro, na arena,
Sem piedade, mata; sem objeção...
A Praça de Touros estava cheia
Os matadores reverenciavam
O povo grita, e, a mancheia,
Os toureiros as espadas cravam
No lombo do touro que berra,
Hurra e ajoelha-se na fria terra;
Enquanto o malvado se curva
E, de costas, distraído, não repara
Que um sopro de vida ao pobre restara
Para deixá-lo com a visão fria e turva.
Sangraram o bicho! Sem pena
A espada perfurou o seu coração!
Dizendo-se cavalheiro, na arena,
Sem piedade, mata; sem objeção...
A Praça de Touros estava cheia
Os matadores reverenciavam
O povo grita, e, a mancheia,
Os toureiros as espadas cravam
No lombo do touro que berra,
Hurra e ajoelha-se na fria terra;
Enquanto o malvado se curva
E, de costas, distraído, não repara
Que um sopro de vida ao pobre restara
Para deixá-lo com a visão fria e turva.