ALUCINAÇÃO
ALUCINAÇÃO
Joyce Sameitat
No estertor da noite que já ao meio caminha;
Pululam meus sentimentos em sono irrequieto...
Espremendo meu corpo como se fosse vinha;
Tentando por em cena meus sonhos diletos...
E a noite se arrastando de modo bem rápido;
Deixa-se empurrar pela nova alvorada...
Enquanto que eu, dentro do meu átrio;
Sou pelos sentimentos também acordada...
Sinto que sofro de uma enorme alucinação;
O físico até acordou... Mas não o coração...
Que ri apaixonado as bandeiras despregadas;
Ele beija distraído sua própria solidão...
Faz minha face ficar toda iluminada;
E torna minha vida um imenso furacão...
SP - 14/03/13