Inocência roubada
Com pura inveja de nosso casto amor,
A morte, com seu sopro de destruição,
Tirou-me o anjo que roubou meu coração
E mandou-a de volta a Nosso Senhor.
O anátema púrpura da putrefação
Maculava-lhe do rosto a rósea cor,
E os vermes e insetos, sem qualquer pudor,
Se fartavam com sua grotesca refeição.
"Tua amada só irás reencontrar
Quando chegar a TUA hora de morrer!",
Disse-me a morte, e foi-se embora a gargalhar.
E desde então só o que faço é sofrer,
Esperando que ela venha me buscar
E permita que meu amor possa rever!