Inocência roubada

Com pura inveja de nosso casto amor,

A morte, com seu sopro de destruição,

Tirou-me o anjo que roubou meu coração

E mandou-a de volta a Nosso Senhor.

O anátema púrpura da putrefação

Maculava-lhe do rosto a rósea cor,

E os vermes e insetos, sem qualquer pudor,

Se fartavam com sua grotesca refeição.

"Tua amada só irás reencontrar

Quando chegar a TUA hora de morrer!",

Disse-me a morte, e foi-se embora a gargalhar.

E desde então só o que faço é sofrer,

Esperando que ela venha me buscar

E permita que meu amor possa rever!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 15/03/2013
Reeditado em 25/07/2018
Código do texto: T4189917
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