O TINTEIRO
Afiei a pena co'os meus pensamentos,
Logo abri o papel da vida mi'a ,
Refletindo sobr'essa alegria
Que, dos tais poetas, é como alento.
Mas eu sou um bardo sem euforia
E inundo a alegria co'os meus lamentos
Molho os versos...Os dias são cinzentos...
A manhã em meu peito anoitecia.
Os versos são meu ponto de partida
Pra lúgubre e humilde inspiração
Dum poeta que, só, chora sua canção
Co'a tinta negra criei essa mi'a lira
E o tinteiro era o meu coração
Que pintava o poema dessa vida...
... Triste...tão triste....