NEM...

Nem a distância, o tempo ou a ausência,

As estações, as coisas que acontecem,

As folhas de outono que fenecem,

A chuva quando cai tão forte – intensa...

Nem versos que escrevo com paciência,

As lágrimas na face quando descem,

Às antigas canções que tocam, tecem...

Um grande emaranhado de querência...

Pensei que fosse fogo, apenas brasa,

Porém o tempo torce e torna funda

Essa ferida ao peito que me arrasa...

Se fosse só paixão que alegria,

Mas é amor – bem sei – o que inunda

E nesse mar me afogo dia-a-dia...

07-14/03/13

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 14/03/2013
Reeditado em 15/03/2013
Código do texto: T4187451
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