Mar bravio

Lá adiante as ondas ninam um veleiro

Em um balançar que até traz o sopor

E o favônio sopra os cabelos primeiro

A oscular o rosto abrandando o calor!

Num passe de mágica tudo fica audaz

Um olhar para o céu eleva a jaculatória

Pedindo a Deus que dê as águas a paz.

E que guie os seus passos pela história.

E sem permissão os ventos esbravejam

Anunciando que o mar se rebela agora

Ouvem-se ao longe gemidos que adejam.

Do céu caem algumas gotas: é benção

A moça alarmada sorriu, acalma o mar

E tanta foi a fé; amparo sem desesperar.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 13/03/2013
Código do texto: T4186840
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