Mar bravio
Lá adiante as ondas ninam um veleiro
Em um balançar que até traz o sopor
E o favônio sopra os cabelos primeiro
A oscular o rosto abrandando o calor!
Num passe de mágica tudo fica audaz
Um olhar para o céu eleva a jaculatória
Pedindo a Deus que dê as águas a paz.
E que guie os seus passos pela história.
E sem permissão os ventos esbravejam
Anunciando que o mar se rebela agora
Ouvem-se ao longe gemidos que adejam.
Do céu caem algumas gotas: é benção
A moça alarmada sorriu, acalma o mar
E tanta foi a fé; amparo sem desesperar.
Uberlândia MG
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