“Doce (de) leite”
Cá estou eu no doce deleite dos teus braços
No peito nu, definido, de saliva, lambuzado
Dedos curiosos vão contornando meus traços
Brincam com os fios do meu cabelo espalhado
Fazendo me calar, tua boca sufoca os gemidos
Teus dedos são tentáculos que nos enlaçam
Deslizam... Eriçando todos os sentidos
Vasculham, buscam, exploram, encontram
Tua voz ofegante é promessa de algo vindouro
Argamassa de suores, desejo que não se finda
O ápice do querer, seguida da paz bem-vinda
O silêncio que se segue, diz tudo, vale ouro
Lânguidos desfrutamos, corpo tatuado em mim
Esse amor alimentado, envolto em lençóis de cetim.