OS POMBOS

Em bandos, céleres, os pombos ruflam

as asas, num meneio, em seus arrulhos.

Por sobre a limpedez, sem entulho,

garbosos; de ar, os peitos estufam!

E, num saracoteio, às vezes, bufam,

nesse verão intenso que há em julho;

e, param, por instantes, com barulho.

As pombas em exclamação: ufam!

Mas isto não lhes serve de empecilho,

entre algumas bicadas de milho,

há sempre um flerte na vetusta praça...

Assim, também, há de ser com a gente,

há sempre alguém deveras atraente,

que o coração da gente vem, enlaça!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 13/03/2013
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