ORVALHO DA NOITE
Eri Paiva
Quando, ao cair da noite, abro a janela,
Permite o luar que se derrama pelo chão,
Admirar as gotículas de orvalho, tão belas
Como são as pérolas, nas flores em botão!
A noite vai acontecendo em fria aragem,
Gelando meu corpo, meu ser em nostalgia,
Alma saudosa buscando a doce imagem
Daquele por quem se encantou, um dia!
Debruço-me à janela, a verter meu pranto
E por mais que me esforce tanto e tanto,
Gotículas peroladas dos meus olhos caem.
É o orvalho da minha saudade que se une
Ao orvalho desta noite fria, nua, implume,
Trazendo lembranças que nunca se esvaem.
Natal/RN – Em 12. 03. 2013