AS MARGARIDAS
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Bebeu daquele orvalho distraído
Soprando ao vento as asas tão ligeiras
Pairando sobre a flor de laranjeira
O beija-flor singelo e colorido...
Tão doce aquele néctar bebido
Sugado levemente na roseira
Depois nas flores doces da paineira
Que pássaro brejeiro no ar erguido!
De flor em flor beijando ternamente
Ao sol se expõe em cores, reluzente,
As penas tão brilhosas, reluzidas!
E vai-se então n’adejo, tão fremente;
Bebendo lá dos lírios lentamente
Deixando p’ro final as margaridas!...
Arão Filho
São Luís-Ma, 11 de Março de 2013.