MADALENA...

Descia aquela noite tão serena,

Com nuvens no horizonte escurecido...

E, dentro da Capela, entristecido,

Ouvi o murmurar d’uma novena...

Tão triste era aquela cantilena!

Ouvia aquelas vozes, comovido,

Sentindo o meu peito condoído,

Embora fossem leves, fossem amenas!...

No Altar, eis Madalena sem pecados,

Com véu de cor celeste, Imaculada,

Sentada entre anjinhos bem crianças! ...

Meus olhos vendo a cena, marejados,

Pediram por minh’alma condenada,

Um pouco mais de Fé e de Esperança!

Arão Filho

São Luís-Ma, 10 de Março de 2013.