A MORTE DO RIO
Odir Milanez
Ó rio que nasces no meio da mata,
de fonte tão limpa, que até nos dá dó
o fato da folha resseca que trata
teu curso castiço com o seco do pó!
De corpo curtido, correndo em cascata,
depois nos remansos, tão manso e tão só,
tu mexes nas margens de flores à cata,
à cata das costas de algum maceió.
Ó rio que agregas as águas do inverno,
ó rio que cantas cantiga cordata
nos dias de sol, quando o tempo é mais terno.
Ó rio oprimido, por que um primata,
parece que vindo dos rios do inferno,
te prende, te suja, te seca e te mata?
JPessoa/PB
oklima
**************
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de vera...