Martírio

Nas horas ermas, fundas,

Escrevo meu martírio

As dores iracundas

Meus gritos, meus delírios...

Esqueço-me tristonho

Nos cantos tão mais tristes

A dor em mim persiste

Acorda o meu sonho...

Assim, nesse caminho,

Sou pobre passarinho

Voando tão cimério!

Perdi-me do meu ninho

Adejo bem fraquinho

Por sobre o cemitério...

Arão Filho

São Luís-Ma, 10 de Março de 2013.