O Encanto
Ó imortais de pedra se admirem com ela
No seio onde juntos vêm saciar o amor,
Um feito para o poeta esquecer tanta dor
Mundo perene na mais incerta querela.
No negro olhar da esfinge linda e singela
Conjugo o verbo da moça desfeito um labor
Odeio o abalo e a baliza de tanto rancor
Minha Ninfa morena do oriente tão bela.
Os poetas com aceno de tanta oratória,
Na entalhe de mórbido mármore a espera
Da carcaça do homem que por aqui impera.
Submisso amante desta mulher pantera,
Impuro espelho que a ti tanto desespera
O olhar de censura numa triste história.
Herr Doktor