NICTOFILIA

São os prantos em meus olhos negros

Tão sensíveis ao amanhecer

A luz, tão nívea, me fez ver

Quão triste é esse meu mundo ermo.

E é tão tétrico o meu querer.

Vazio é o reflexo no espelho

Apago a luz, sinto-me inteiro

Só as trevas me podem preencher.

Ai! Corro eu da alva luz do dia

Pois nela vejo a mi’a agonia

E dela recebo rancor.

Ah! ‘stou nessa fengofobia

E embalada pelo negror

Descubro essa negra’lma mia.

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 08/03/2013
Código do texto: T4178663
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