Único Amor
 A Florbela Espanca

Porque ela chorava... Ao fim de eras...

Porque nada lhe era completo...
Nem a voz, nem o som dum dialeto
Que aos gritos de saudade a fizera...
 
Rompiam-se os montes do infinito...
Que vinham por ela sem algum amor!
E guardava as trevas... E num só grito
Rompia-se aos versos a sua dor...
 
E regava de clareza infinita a sua voz
Num conflito triste de saudade...
Porque era dela o sol na imensidão...
 
Porque nada vivia ao seu algoz,
Em sua aparência triste e de bondade,
Porque era dela o peito cheio e vão!
 
(Poeta Dolandmay)

"In memoriam"




Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 08/03/2013
Reeditado em 03/06/2013
Código do texto: T4178210
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.