HÁ DE SER SEMPRE PRIMAVERA
Canta enquanto o canto te consola,
Pois a dor que te consome a alma adormece
E o pranto quando às vezes aflora,
Não pode ser o doce que mereces.
O pranto que às vezes te sufoca,
Poderá ser amanhã a lágrima que enternece,
Aí, poderás tu cantar enquanto choras,
Um doce canto enquanto a alma aquece.
Pois então, canta a dor que te dilacera,
Te esmaga a alma e te amarga a vida,
Porque um novo dia amanhã te espera.
E quando a alma lavada se fizer quimera,
Aí, não mais o pranto encontrará guarida
E na tua vida há de ser sempre primavera.