Laivo de Lágrimas
Meu rosto com meu doce pranto inundo,
arranhando um laivo, álgido resquício,
marcando estradas que tornam-se em vício,
nó de caminhos para um choro mais profundo.
Que cai como se nele desabasse o mundo
condenando-me sempre a interior hospício.
A alma a padecer em tristonho suplício,
pelo sentir eterno do coração imundo.
E vaga perdido o caráter errante,
em busca de um novo e digno início,
aguarda do sol a luz bela, brilhante...
Que no ocaso dormiu, sem deixar indício.
Mas, é esperado cada hora, cada instante,
no choro doce, oferenda e sacrifício !