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PRECE DE UM ATEU
[398]
Gleba seca, ó Deus, por que Tu fazes
dessa terra tão fértil a ressequida,
donde o homem nativo foge à lida,
indo à busca de utópicos oásis?
Dá ao pobre emigrante alguma vida,
pelo menos conquiste boas fazes,
sem que leve nos passos mais entraves.
Oh Senhor, que estiagem desmedida!
Só Te peço clemência... Pois tem pena
dos sertões do Nordeste brasileiro:
morrem gados, sem chuvas somos nada.
Grassa a fome, a miséria faz-se plena,
quando a seca se alastra por inteiro,
e este ateu tem no peito a dor cravada.
Fort., 05/03/2013.
PRECE DE UM ATEU
[398]
Gleba seca, ó Deus, por que Tu fazes
dessa terra tão fértil a ressequida,
donde o homem nativo foge à lida,
indo à busca de utópicos oásis?
Dá ao pobre emigrante alguma vida,
pelo menos conquiste boas fazes,
sem que leve nos passos mais entraves.
Oh Senhor, que estiagem desmedida!
Só Te peço clemência... Pois tem pena
dos sertões do Nordeste brasileiro:
morrem gados, sem chuvas somos nada.
Grassa a fome, a miséria faz-se plena,
quando a seca se alastra por inteiro,
e este ateu tem no peito a dor cravada.
Fort., 05/03/2013.