Ao meu modo.
Do nada eu faço a minha poesia!
Na ousadia eu desacato a rima
E nesse clima eis minha agonia,
Sabedoria desdobra-se na esgrima.
Toma a pena, oh papel, pinta um clima
Que redima as falsas fantasias,
Filosofia, com palavras tão vazias?
Minhas manias a remar rio acima!
Há a lama e, se o espaço é bem menor,
Há a cor do sol a iluminar meus versos
Que côncavos ou convexos, sei de cor,
Pro que der e vier, são dispersos.
Se peno usando a pena, com ousadia,
Ao meu modo invento poesia.
JRPalácio